quinta-feira, 16 de junho de 2011

Aprender a aprender na escola

Toda situação inovadora causa impacto; seja positivamente, ou não. Normalmente,o impacto é negativo porque “o novo”nos assusta, pois irá mexer com velhos conceitos enraizados, arraigados, entranhados; e isso nos leva ao desconforto, à dúvida, ao medo.

Por outro lado, o novo nos faz refletir e questionar práticas antigas. (Ou não!). Isso implica dizer que o processo de aprendizagem precisa ser contínuo, considerando que precisamos aprender a aprender para que possamos ensinar o aluno a buscar por isso também e para que assumamos uma postura de reflexão e mudança diante de nossa própria prática.

A aprendizagem é um processo individual e social e ocorre através da reflexão e do compartilhamento, seja no interior da escola ou fora dela. A escola deveria ser o lugar da interação entre todos os atores do processo educacional, onde as situações de conscientização, reflexão e reconstrução do conhecimento deveriam acontecer; entretanto,não consegue acompanhar todo o avanço das ciências, das artes e da tecnologia.

O professor, que deveria ser um eterno aprendiz, não consegue acompanhar todo o avanço que ocorre na sociedade do conhecimento e, por mais que queira incorporar novas práticas pedagógicas no cotidiano escolar, é impossibilitado pela vida massacrante que leva. Além disso, não assimilou, ainda, que é preciso adquirir novas compreensões sobre a sua prática pedagógica, sendo um leitor constante e sagaz, não somente da sua área específica, mas de assuntos diversos e, principalmente, sobre prática profissional.

Segundo VALENTE ( 2001),é importante entender a aprendizagem como uma atividade contínua, estendendo-se ao longo da vida e a formação de qualquer indivíduo não pode mais ser pensada como algo que acontece somente no âmbito da escola. Esse pensamento reitera o comentário de Ladislau Dowbor, em entrevista concedida à Rede Vida em 2004,”A visão geral é que precisamos de uma escola um pouco menos lecionadora, e mais organizadora dos diversos espaços que hoje se multiplicam, com televisão, internet, cursos de atualização tecnológica, processos de requalificação empresarial e assim por diante”(DOWBOR, 2004 ).

Nerilda da Costa Franco.

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